Foi no século XX que a praia no Brasil passou a ser vista como um lugar de saúde e lazer, a partir de preceitos científicos e alinhando-se às tendências europeias de vida ao ar livre, dado que, muitas comunidades ribeirinhas, caiçaras e/ou indígenas já o fazim. E é esta convergência que traz o enfoque deste estudo, cujo objetivo é identificar como a praia permanece como um lócus da atividade física e das tendências da cultura corporal brasileira na década de 1980, especialmente por meio do programa “Verão Vivo”. Pesquisa de caráter histórico e de abordagem qualitativa, que se utilizou do método de História Oral. Para este recorte, optou-se por trazer a narrativa de um dos maiores protagonistas desta prática no país, o professor doutor Mauro Guiselini. Na década de 1980, a Ginástica Aeróbica (GAE) teve um "boom", especialmente em São Paulo, com academias como Marathon e Companhia Athletica ganhando destaque. A mídia televisiva, com programas como "Verão Vivo na Band", ajudou a popularizar a GAE, promovendo-a em praias durante o verão. O programa, que incluía competições esportivas e ginástica, alcançou grande audiência, consolidando a prática no imaginário coletivo e lotandos as academias. A GAE tornou-se um fenômeno cultural, integrando-se a diversos setores sociais e promovendo saúde e bem-estar. Essa iniciativa de entretenimento e atividade física ao ar livre deixou um legado duradouro na promoção de um estilo de vida saudável no Brasil.

Palabras clave: Gimnasia Aeróbica – Brasil – Playa – Verano - Deporte en la naturaleza