Este artigo tem como finalidade, analisar a cobertura da Olímpiada de Tóquio/2021 elaborada pelo Jornal Folha de São Paulo. O presente estudo utiliza-se da análise de conteúdo descrita por Bardin (2016) como proposta metodológica. O material selecionado na primeira fase, foi através da leitura flutuante que corresponde a 197 páginas do Jornal Folha de São Paulo, no período de 21 de julho a 10 de agosto de 2021. Na segunda fase, esse material foi mais explorado e catalogado de modo que os elementos constitutivos das notícias fossem quantificados em inferências. Deste registro, emergiram as categorias de análise: Abertura: com 144 inferências; Atletas: com 805 inferências; Conquistas: 104 inferências; Encerramento com 20 inferências; Equipe Jornalística com 259 inferências; Infraestrutura com 52 inferências; Modalidades com 909 inferências; Pandemia com 159 inferências; Protestos com 94 inferências; e Política com 199 inferências. A partir dos resultados, concluímos que a cobertura midiática da Folha de São Paulo durante as Olimpíadas evidencia a influência da mídia na construção da narrativa esportiva, destacando uma preferência editorial pelo espetáculo e desempenho individual em detrimento de uma visão mais holística dos Jogos. A abordagem de temas sociais e políticos, como igualdade de gênero e protestos, demonstra o papel da mídia em conectar o esporte às realidades sociais mais amplas. Contudo, a cobertura apresentou limitações, com uma ausência de equilíbrio na atenção dada ao encerramento dos jogos e questões infraestruturais, indicando a necessidade de uma abordagem mais completa por parte da mídia.

Palabras clave: Olimpíadas – Mídia - Folha de São Paulo