O esporte moderno está inserido em uma dinâmica social marcada por tensões sociopolíticas, culturais e interseccionais. Alguns atletas se destacam como atores sociais promovendo o que tem se denominado ativismo desportivo aludindo a essas questões. Em megaeventos como os Jogos Olímpicos (JO), os atletas devem seguir um conjunto de regras elaboradas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) sobre formas legítimas de se manifestar. A regra 50 do COI, proibia qualquer tipo de manifestação e/ou protesto durante seus Jogos. No entanto, os atletas como sujeitos políticos têm se organizado e pressionado por mudanças. A Global Athlete, baseando-se na Declaração Universal dos Direitos Humanos, defendeu revisões na regra 50 para garantir a liberdade de expressão dos atletas olímpicos. O objetivo preliminar deste estudo é apresentar como o conceito ativismo desportivo tem sido proposto na literatura e compreender como a global athlete tem promovido o ativismo desportivo. O estudo é qualitativo descritivo, a partir análise do site da global athlete e apresentação do conceito de ativismo desportivo conforme a literatura. As discussões preliminares indicam uma lacuna na literatura brasileira sobre ativismo desportivo principalmente no campo dos estudos olímpicos. A Global athlete tem atuado em diversas frentes em prol dos atletas ressaltando o ativismo desportivo. Conclui-se que a abordagem da Global Athlete é trabalhar com os atletas para promover mudanças, enfatizando a importância de empoderar os atletas como agentes ativos na luta por seus direitos socioculturais e condições justas e equitativas no esporte.
Palavra-chaves: Ativismo desportivo - Global athlete - Estudos Olímpico