Laurel Hubbard en los Juegos de Tokio 2020: análisis de las construcciones narrativas de la inclusión de una atleta trans
- Coelho, Gabriel (Universidade Federal de Viçosa)
Analisando a configuração hegemônica das competições esportivas, percebe-se que o binarismo de gênero, denunciado por correntes teóricas pós-estruturalistas e socioculturais, prevaleceu e ditou normas, o que produziu contradições. Tentando responder a isso, o Comitê Olímpico Internacional (COI) estabeleceu, no início deste século, diretrizes para tornar elegível a participação de atletas transgênero nos esportes. Estas normas, que passaram por reformulações ao longo dos anos, permitiram que a levantadora de peso trans, neozelandesa, Laurel Hubbard, competisse contra mulheres cisgênero nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020. Tendo em mente que preconceitos atravessam as carreiras esportivas de mulheres trans, este trabalho busca examinar a cobertura midiática a respeito da participação desta atleta nos Jogos Olímpicos. Para realizar esta análise, foram catalogadas reportagens a partir da aba “Google News”, do “Google.com”, aplicando critérios de inclusão e exclusão. Foi desenvolvida uma reflexão a respeito das construções narrativas presentes nas reportagens catalogadas, tratando os dados a partir da análise de discurso e, também, pelo modelo analítico de codificação/decodificação proposto por Stuart Hall. Este trabalho discute os principais resultados de uma pesquisa maior ao qual este estudo se vincula, e discorre a respeito de narrativas comuns identificadas entre os veículos midiáticos brasileiros, que podem reforçar preconceitos já concretamente estabelecidos.
Palabras clave: Trans – Jogos Olímpicos – Cobertura midiática – Análise de discurso.